Anteriormente a cirurgia bariátrica era realizada de forma aberta (laparotomia), na qual era feito um corte de 10 a 20 cm no abdômen, isso gerava uma recuperação pós cirúrgica mais lenta e trazia a necessidade de usar dreno.
Atualmente, o procedimento é feito por via laparoscópica, onde se faz pequenos orifícios no abdômen, nos quais se introduz longas pinças cirúrgicas e se realiza o procedimento através de uma televisão ou monitor cirúrgico.
Essa evolução trouxe um procedimento “minimamente invasivo”, que contribui para a segurança do procedimento, para uma recuperação mais rápida e menores cicatrizes!
E não paramos por aí! A cirurgia robótica vem sendo estudada e aperfeiçoada, essa promete grandes melhorias em termos de segurança do procedimento!
Técnicas cirúrgicas
Atualmente, no Brasil, são permitidas quatro técnicas cirúrgicas
Bypass Gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”)
O Bypass Gástrico é a técnica mais realizada no Brasil devido sua segurança e eficácia.
No procedimento parte do estômago é grampeado, formando uma bolsa pequena para o alimento e um desvio no começo do intestino que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome.
Na imagem a seta vermelha representa o caminho que o alimento faz e a seta verde o caminho que o suco gástrico e enzimas digestivas percorrem, até se unirem. A junção da capacidade reduzida de ingerir alimentos com as alterações hormonais são responsáveis pelo emagrecimento.
Por consumir menor quantidade de alimentos e pelo desvio feito no intestino, as chances de deficiências nutricionais são maiores nesse procedimento.
Sleeve (gastrectomia vertical)
Essa é uma técnica popular e vem logo em seguida da cirurgia do Bypass em relação a realização.
Nesse procedimento o estômago é cortado, formando um tubo e a outra parte é retirada do corpo.
Não possui alteração no intestino, por isso causa menor impacto nutricional.
A redução da capacidade gástrica resulta em menor consumo de alimentos e também alterações hormonais que impactam na saciedade/fome.
Duodenal Switch
Essa técnica é pouco utilizada, pois causa grandes impactos nutricionais.
Ela é a junção do Sleeve, onde uma parte do estômago é retirada, resultando num estômago menor em formato de tubo, com desvio intestinal, porém diferente do Bypass, o encontro das duas alças acontece quase no final do intestino delgado, onde aconteceria absorção de nutrientes.
A diminuição da capacidade gástrica associada com a redução da absorção dos nutrientes é responsável pela perda de peso.
Banda gástrica ajustável
Essa técnica é pouco utilizada, devido à grande incidência de complicações e dificuldade de adesão do paciente ao tratamento.
Nessa técnica um anel de silicone é instalado ao redor do estômago, esse anel é inflável e ajustável, tornando possível apertar mais ou menos o órgão.
Por não ter alterações hormonais, o paciente continua com a sensação de fome, comendo menores quantidades apenas pela restrição física do estômago.
Devido ao fato de ser possível afrouxar e apertar a banda, a adesão do paciente é comprometida, podendo gerar o “efeito sanfona”.